Pequena mudança;

09 de julho de 2012
"Hoje mudei alguns móveis de lugar.
Deu um trabalho... pensei em desistir uma porção de vezes. 
Tudo muito pesado. Parei. Respirei. Então recomecei. 
No meio dessa mudança de móveis, comecei a refletir no meu quarto se transformando. Fiz um paralelo sobre minhas próprias transformações. Reparei que é difícil mudar. Mas sempre necessário. Continuei a arrastar os móveis pensando em desistir. Por que me era tão difícil mudar? Poderia simplesmente ser. Móveis em lugares diferentes, e uma estranheza a princípio. Mudar também é correr risco... 
Depois de um tempo já tinha me acostumado ao ambiante novo. Mudar cansa, dá trabalho. Como disse Clarice "as vezes escorre sangue". Mas da mesma maneira que soa estranho no início, soa sereno e tranquilo. Hoje fui meio móvel e mudei também."


(Me enganando em julho)

Apática, imersa, absorta. Nela mesma. 

Temos tudo... inclusive temos um vazio (de ser) que esse tudo não preenche. 

Ele me engoliu. Quando percebi já era tão frágil diante dele, criei algo que me pegou pra si e não quer mais me deixar. Como reverter? 

Você me desabrochou.

E nem sou flor.

Olha o desconforto que uma situação pode causar. Absurdo desconforto. E a culpa nem foi minha.

3 de setembro.

Ontem foram umas três lágrimas, que você pode dar o nome que quiser pra cada uma delas: bobagem, ciúmes, insegurança e até mesmo amor.